
Passados 67 anos de minha vida me deparo com algumas situações inusitadas que me obrigam, mais uma vez, a tomada de decisões complexas. Se dou um sobrevoo nos fatos passados, observo os acontecimentos com o espírito repleto de ambiguidades.
Olho para o passado (recente ou não) e fico perplexo com o grande número de acontecimentos pessoais, familiares e profissionais. Alguns felizes, outros tristes, outros tenebrosos. Estou tendo a oportunidade de vivenciar fatos de diferentes características e, por isso, de diferentes impactos.
São tantos recomeços que já nem sei quantos, mas a “casca grossa” adquirida me permite certos voos. Experiência, um pouco de conhecimento (a gente descobre, enfim, que ninguém é dono da verdade) e intuição me empurram para novos esforços. Nas telas, o mito da juventude desfila energia, inovação e pouca profundidade (há exceções).
Num mundo cheio de informações, a tecnologia é vendida como a fronteira final. O raciocínio é terceirizado pelas inteligências (?) artificiais de plantão e, nesse espaço BANI, os sentimentos e as emoções seguem sendo bloqueados, silenciados e amordaçados.
Olho para a janela, vejo um pouco de verde, respiro fundo e me preparo para recomeçar. Há poesia nisso, como também há um certo orgulho de seguir em frente, superando o possível e acreditando até o fim. Que está mais próximo do que ano passado.
Alguns adversários ficaram mais poderosos com o passar do tempo: o deus mercado continua seduzindo e se fortalecendo em tempos de redes sociais; as empresas continuam apostando na força jovem em detrimento da experiência, e estamos ficamos cada vez mais invisíveis mesmo sendo 16% da população no Brasil e com um PIB de fazer inveja.
 
								 
				 
 
								 
								 
								 
								